Caçadores de Mitos

Nem tudo o que as pessoas falam é verdade… ou é?

Entre os vários capítulos produzidos para derrubar preconceitos, há alguns que se destacam. Os casos da prova da flecha e do piloto acéfalo não foram brilhantes?

Mitos Desmitificados, Parte 1

Arco do Triunfo

Não é a primeira vez que os caçadores de mitos decidem entrar no mundo da literatura ou do cinema, ou em ambos, como neste caso. Jamie e Adam decidiram que era hora de esclarecer a veracidade de uma cena do filme de Errol Flynn, As aventuras de Robin Hood (1938), onde o ator que interpreta o famoso ladrão do bosque de Sherwood divide perfeitamente em duas metades a flecha de um rival enfiada em um alvo de um torneio de arco e flecha.

A proposta não era fácil. Eles decidiram tentar resolver de duas maneiras. De um lado, fazendo um concurso em uma feira renacentista, onde 16 arqueiros amadores, com disfarces da época, deveriam tentar conseguir a façanha e levar a placa honorífica em troca. Do outro, a equipe de assistentes do programa tentava duplicar esta cena, sem muita sorte.

Primeiro, eles conseguiram uma flecha parecida com a usada na época de Robin Hood.

Depois de entender que manualmente não chegariam a lugar nenhum, já que durante o percurso a flecha é movida ligeiramente pelo vento e a probabilidade de repetir o mesmo disparo é matematicamente impossível, eles construíram uma máquina que podia disparar flechas com a mesma intensidade apontando sempre para o mesmo alvo. Mesmo com tanta precisão, no final do programa, ninguém havia conseguido partir a flecha em partes iguais. No filme, obviamente a cena havia sido montada. Eles concluíram então que na lenda de Sherwood a cena havia sido inventada.



Mitos Desmitificados, Parte 2

O mito do piloto sem cabeça

Na década de 1950, explicam Adam e Jamie aos telespectadores, um piloto no comando de um avião canadense Stargfighter aparentemente sofreu um acidente em que sua cabeça primeiro pegou fogo e logo em seguida voou pelos ares.

O mito criado sobre isso sugeria que o creme de cabelos que o piloto havia usado teria provocado as chamas e a decapitação, junto com outros fatores: muito oxigênio e curto-circuito.

Sempre detalhistas, eles conseguiram um avião US A4, muito parecido com um Startfighter, para poder recriar as condições na cabine. A equipe trabalhou em um molde de cabeça que recebeu cabelos reais e creme para uma prova, e somente peruca para a outra.

O mais difícil, e o que levou uma das primeiras tentativas fracassadas a se tornar bastante divertida, foi conseguir de uma distância prudente e por meio de um mecanismo especial repetir a conjunção de fatores para provocar a explosão, tarefa que como sempre nestes casos fica a cargo do especialista Imahara.

No final do programa eles terminaram descobrindo com espanto que o creme de cabelo certamente provocou um incêndio que não aconteceria sem a sua presença. Enquanto isso, a decapitação foi impossível de ser reproduzida sob nenhuma circunstância, fazendo com que a equipe desse o veredito para esta parte do mito de “busted”, ou mentira. E, como sempre, a dupla terminou o programa aconselhando os fãs a não repetir este experimento em casa, assim como qualquer outro mostrado pelas câmeras.